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Caro leitor, encerramos as atividades deste blog com a certeza de missão cumprida, foi um prazer imenso para todos os envolvidos interagir com a realidade das crianças, ou melhor, interagir com a realidade dos mais recentes nativos digitais com a tecnologia. Segue abaixo o link com todas as postagens realizadas, caso queira acompanhar uma a uma basta ir descendo o cursor até o final:
Acompanhar através de cada postagem um pouco deste universo foi muito gratificante e uma experiência ímpar, o que nos levou a pesquisar também a realidade de crianças que não possuem esta facilidade ao acesso, sejam por dificuldades atribuídas a limitações físicas ou critérios sócio-econômicos. Para estas crianças reservamos um espaço especial, o blog iNativos Digitais|Doc, um espaço feito para compartilhar a experiência prática na realização de um curta-documentário que tinha por objetivo fomentar a discussão da inclusão digital feita com crianças de acesso dificultado ou limitado às novas tecnologias. Confiram.
Imagine uma campanha publicitária com um pouco mais de 60 segundos que pode ser apresentada em qualquer país do planeta sem alterar seu conteúdo original - já que não há falas durante sua exibição - que faça uma genial referência a saga cinematográfica mais comentada dos anos 80/90 e, ainda por cima, seja estrelada por uma criança. Pois então, essa campanha se chama "The Force" e foi criada pela agência publicitária Deutsch para anunciar o novo PassatdaVolkswagen, usando como referência o clássico vilão da saga Star Wars: Darth Vader. Acompanhe:
Recomendamos também o "The making of the force":
E como era de se esperar, em pouco tempo a campanha fez o maior sucesso entre o público de vários países e como estava para ser lançada pela primeira vez no intervalo comercial do Super Bowl - evento esportivo de grande repercussão nos Estados Unidos - não havia dúvidas de que por lá o sucesso já estaria garantido. E foi exatamente o que aconteceu, a repercussão foi tamanha que eles receberamo prêmio Crash of the Commercials: USA vs. The World da CBS além de se tornar febre na internet com mais de 37 milhões de visualizações no YouTube. Por outro lado, tanto sucesso assim não poderia passar despercebido pelos concorrentes e assim deu-se início ao rodízio de paródias na internet, a começar pela Toyota.
A Marvel Comics, por sua vez, aproveitou o sucesso da campanha para divulgar seu novo filme: Thor.
E se aproveitando da máxima dos filmes policiais "Tudo o que você disser pode e será usado contra você no tribunal", o Greenpeacedenuncia a empresa alemã (que está se opondo as leis europeias de emissão de CO2) usando a brecha deixada pela campanha e fazendo a perfeita analogia entre a marca alemã (representada pelo pequeno Darth Vader) ao "lado negro da força", assim, a ong ambientalista levanta a bandeira da campanha paralela: "VW: The Dark Side" e pede para que as pessoas se juntem aos rebeldes desta guerra em prol do meio ambiente, elevando as criticas ao patamar de superproduções.
"VW: The Dark Side - Parte I"
"VW: The Dark Side - Parte II"
Abaixo segue mais três vídeos de sátiras à campanha que também alcançaram grande repercussão na internet, fora estes, ainda existem dezenas de vídeos caseiros envolvendo a proposta da propaganda, de toda forma, quem saiu ganhando foi a Volkswagen que além da sua, teve inúmeras outras propagandas gratuitas envolvendo sua marca, mesmo sendo de forma indireta.
Como vimos nas postagens anteriores, o mercado tecnológico não está apenas adaptando os produtos de consumo adulto para conquistar o universo infantil, percebe-se também que o caminho inverso está sendo percorrido por este mesmo mercado e, para comprovar isto, não faltam novidades no mercado dos brinquedos, do cinema e da publicidade, isso mesmo, a publicidade está empolgada com este novo filão e o que não falta são estratégias de marketing bem elaboradas para vender produtos, conscientizar a sociedade e entreter a todos.
A prova mais recente desta criatividade foi apresentada pela ong ambientalista: Greenpeaceque usou o personagem Ken para fazer uma crítica inteligente e bem-humorada à empresa Mattel que na fabricação de suas embalagens usa madeira desmatada das florestas da Indonésia, um dos últimos redutos de mata tropical do planeta. Acompanhe a campanha:
O vídeo engraçado é para ser levado a sério. Segundo o site oficial do Greenpeace, foram meses de investigação até a ong descobrir que a Mattel, fabricante da Barbie, compra a matéria-prima de suas embalagens da companhia Asia Pulp and Paper (APP), subsidiário do grupo Sinar Mas, o mais notório destruidor de florestas da Indonésia. Para impulsionar a campanha e pressionar a maior fabricante de brinquedos do mundo a parar de alimentar a cadeia de destruição de árvores que afetam o habitat dos últimos orangotangos, tigres e elefantes do planeta, o Greenpeace lançou uma ação global contra a fabricante de brinquedos. O lançamento do protesto foi na sede da Mattel que fica na cidade de El Segundo nos Estados Unidos. Assista como se deu a ação da campanha:
O protesto resultou em oito ativistas presos, entre eles, uma mulher vestida de Barbie que dirigia uma escavadeira rosa, no entanto, a ong conseguiu com que a Mattel se posicionasse de forma mais favorável ao desenvolvimento ambiental, através de um comunicado, a fabricante da Barbie, afirmou que irá avaliar suas fontes de abastecimento de papel e embalagens à medida em que avança em melhorias, além disso, disse também estar surpresa e desapontada com a campanha pela abordagem inflamada que mobilizou mais de 500.000 e-mails enviados por clientes através de um link direto fornecido pela campanha num site especial. Vale lembrar que o Greenpeace também já realizou campanhas de protesto contra a Nestlée contra a Unilever (fabricante dos produtos Dove) e em ambos os casos obteve sucesso com a redução do desmatamento.
Por falar na Dove - Unilever, a fabricante de produtos de higiene feminina também já explorou os recursos que combinam desenho infantil e publicidade para divulgação da sua marca, a proposta foi bem inteligente e usou personagens de desenhos animados para estrelar a campanha que circulou nos Estados Unidos. Confira o resultado:
E não é a primeira vez que os personagens dos Simpsons estrelam uma campanha publicitária, a Renault também já usou a imagem da família nada convencional mais conhecida no mundo para estrelar o anúncio do Renault Kangoo:
Pelo visto estas propostas de campanha possuem todos os indícios de sucesso para conquistar o maior raio de público possível, é mais comum observarmos esta relação em campanhas promocionais de lançamento de filmes e afins, mas nestes casos a situação é outra, a causa está altamente vinculada ao interesse das empresas em comercializar ou difundir seus produtos e conceitos. A iniciativa por aqui, preza pela criatividade e originalidade que em parceria com as animações configuram uma boa propaganda destinada a todos os públicos.
Abre-se mais uma vez o baú empoeirado da imaginação, dentro dele, adaptações de livros infantis / séries de tv /contos de fadas/ quadrinhos antigos lotam as salas de cinema e produções vistas inúmeras vezes voltam a bater recordes de bilheteria no mercado cinematográfico atual. É como se, de repente, o público estivesse envolto em um sentimento de nostalgia e vontade de reviver os clássicos que marcaram a infância de cada um - seja pela literatura ou pela televisão. Existe um desejo no ar de rever as histórias cheias de duendes, fadas, princesas, sapos, vilões, heróis, fábulas que ajudavam o sono a chegar, povoavam o imaginário e fortalecia a ilusão de que o bem sempre vencerá o mal, a princesa sempre será salva pelo príncipe encantado e os super heróis sempre existirão.
Toda essa saudade dos desenhos do inicio da década de 80 que mantinham as crianças por horas em frente à TV, sem ao menos se mexerem, que os faziam inventar dores na barriga e nos dentes só para não ir à escola; saudade dos gibis que entretinham por horas e horas em uma leitura agradável e silenciosa; dos filmes de animação delicadamente desenhados à mão e que duravam meses para ficarem prontos, alguns até anos, e que marcaram a vida de toda uma geração; todas estas lembranças poderia para muitos ser coisa de museu - acervo vivo apenas nas memórias dos mais velhos - mas eis que os mesmos voltam à cena e não apenas isto, voltam também a fazer história.Quem não se lembra de Mickey e Donald, Os três porquinhos, O Rei-leão, Mulan ou A Bela e a Fera? Se bem que estes três últimos já foram de uma geração mais tecnológica, entretanto, não menos encantadora.
O fato é que esse sentimento tem levado produtores, roteiristas, animadores e diretores dos grandes estúdios de Hollywood a recontarem as histórias que por décadas encantou gerações, no entanto, hoje o alvo é a geração do vídeo game, dando aos pais a possibilidade de mostrar aos seus filhos um pouco do universo, no qual, eles foram criados, demonstrando toda a emoção que sentiram quando criança e proporcionando um passeio no mundo da imaginação saudável dos desenhos de outrora. Neste contexto, foi se o tempo em que as produções cinematográficas infantis agradavam apenas os menores, atualmente, tornou-se comum também a presença dos adultos nas salas de cinema para, além de acompanhar as crianças, apreciar este gênero do cinema cada vez mais adaptado a esta nova realidade, como resposta a isto, o mercado cinematográfico está cada vez mais de olho neste novo filão, apresentando novas produções que agradem todas as idades e trazendo para o presente filmes e projetos consagrados em outras décadas.
Hoje, entretanto, diferente de décadas passadas, a tecnologia em 3D possibilita que a história venha até as crianças e as inserem em seu universo, saltando diretamente aos seus olhos, ou seja, um fato que antes era inimaginável hoje torna-se mais acessível. Neste caso, a simples conversão para o formato 3D - sem alterações na história - fazem com que os filmes sejam até hoje campeões de bilheteria como aconteceu com o "Rei Leão 3D", que motivou a Disney a relançar outros clássicos já programados, como A Bela e a Fera (janeiro de 2012), Procurando Nemo (setembro de 2012), Monstros S.A (janeiro de 2013) e A Pequena Sereia (setembro de 2013), além disto, esta nova perspectiva de mercado se arrisca a comprovar que tanto o filme Os Smurfsquanto os Muppets– relançados depois de 50 anos - ainda tenham fôlego para conquistar um público totalmente diferente do de outrora.
Entretanto, vale lembrar que essa ideia - que para alguns pode parecer retrógrada - tem lotado as salas de cinema por todo o mundo, criando uma onda tsunâmica de proporções excelentes para os cofres dos mega estúdios hollywoodianos. Segundo informações, mais personagens antigos irão em breve chegar nos cinemas: Carmem Sandiego (anos 80) e Gato Mandachuva (anos 60), para assim acompanhar a já extensa lista de filmes que contém: Zé Colmeia (anos 60), Speed Racer (anos 60), Garfield (anos 70), Scooby doo (anos 70) e a série de tv Os Simpsons (anos 90).
Essa (re)leitura dos clássicos infantis, possibilitou para muitas crianças uma chance de reencontrar-se com o passado, sem abandonar o seu presente. Hoje, a literatura infanto-juvenilnão se compõe apenas de livros, é preciso adicionar os filmes animados que muitas das vezes são versões adaptadas desses livros, pois a correria pós-moderna aliada ao avanço tecnológico não as permite parar horas diante de um livro, mas os efeitos, as cores, um bom roteiro, a trilha sonora perfeita, as prendem as poltronas do cinema por duas horas sem piscar os olhos.
Até que ponto isso é bom, depende de como essas crianças são orientadas a ver os filmes. Espera-se que não apenas como entretenimento, mas que elas sejam orientadas pelos pais a conversar sobre os mesmos e assim fazer a sua própria leitura do que foi visto. Diversão, aprendizado e emoção voltam às telas e, desta vez, para todas as idades.
Ao contrário do que se pensa a tecnologia não destrói o passado, as empresas utilizam-na para renovar sua produção como sempre o fizeram, a diferença é que hoje os seus atributos tecnológicos são bem mais visíveis. Pensando desse jeito, vemos o seu resultado, por exemplo, em um produto “inteligente”, multifuncional e mais fácil de ser manipulado, entre outras características. Por outro lado, as crianças têm menos oportunidade de ser inventivas, criando seus próprios brinquedos. Bem, há controvérsias! Se por um lado, os novos brinquedos dispensam a criatividade dos pequenos, o ambiente virtual para as brincadeiras e entretenimento infantil, é uma fonte de possibilidades criativas, por causa da interação que proporciona.
Hoje, claro, é mais difícil as crianças, cercadas pela tecnologia, criarem brinquedos feitos de maneira artesanal, com papelão e outros materiais, como no tempo de seus pais, não obstante, elas produzem, participam de grupos, postam vídeos, escrevem em blogs, jogam e interagem com tudo isso. Todas as gerações criaram, inventaram a partir das suas possibilidades, o que mudaram foram os recursos e as ferramentas de que se dispõe atualmente.
Há uma reconfiguração dos espaços de brincadeira e diversão, muitos acreditam que as crianças estão alienadas, fora da realidade, mas qual realidade? É preciso compreender que oespaço virtual também a constitui. Isso certamente é difícil de encarar, principalmente para os mais tradicionalistas, que atribuem à tecnologia todos os males da vida social contemporânea. Há muito que se pensar sobre o assunto, o que se pretende aqui é apenas constatar as mudanças resultantes das novas tecnologias nos meios de produção e comunicação, que constituem a atual infância.
Tudo bem, os mais nostálgicos, pensarem que “as coisas não são mais como antes”, mas calma, para eles há alternativa. Muitos adultos têm utilizado a internet para relembrar seus brinquedos e jogos de infância, através de vídeos, blogs e redes sociais,alguns até vendem suas raridades. Há uma ressignificação desses objetos e do próprio passado destas pessoas. Não se trata apenas de saudosismo, justamente por causa dessa conexão com um presente que os dá a possibilidade de resgate. Por outro lado, as crianças de hoje tem acesso a essas fontes de conhecimento sobre o passado recente ou até mesmo de seus pais e podem muito bem interagir com elas.
Brincadeira no facebook :
O ciberespaço proporciona a rápida difusão da informação e a quebra de barreiras espaciais, por isso é também um lugar de troca e descobertas. Os vídeos dos campeonatos de ioiô, cuja maioria dos competidores nem são mais crianças, são um exemplo de como o espaço da internet possibilitou o encontro de gerações e a disseminação de uma brincadeira de mais de 2500 anos e que muitas crianças de hoje não conheceriam não fosse os vídeos no youtube.
Em menos de uma década, as inovações tecnológicas costumam moldar o nosso contato com o mundo de forma cada vez mais aceitável, por esta perspectiva, o empresário e co-fundador da Apple: Steve Jobs(1955-2011) foi imprescindível para a construção desta nova realidade. Resultado deste processo atual, o vídeo abaixo foi postado no YouTubeem menos de um mês e tal como o título dovídeo original apresenta: "As revistas são iPad's que não funcionam".
Carrinhos de controle e Barbies já deixaram a muito tempo de ser os presentes prediletos dos baixinhos, nascidos em um século dominado pela tecnologia, a maioria deles preferem se divertir com computadores, tablets, celulares, entre outros, a “perder tempo” com carrinhos e bonecas. Talvez pela curiosidade, desde muito cedo eles aprendem a interagir com os produtos eletrônicos com uma facilidade que espantam os adultos. Esta habilidade que eles apresentam, muitas vezes é incentivada por uma nova geração de pais conectados com os últimos lançamentos tecnológicos. Porém, até que ponto todas essas habilidades podem ser encaradas de forma saudável? É claro que atualmente é quase impossível proibir que as crianças utilizem meios tecnológicos, mas os pais devem ter bom senso na hora de permitir o uso destes aparelhos.
“Este ano o presente, para o dia das crianças, que eu dei para meu filho, foi um celular”, diz a vendedora Frankscileide Caldeira. Seu filho Gabriel Caldeira tem apenas seis anos de idade, e antes de ganhar o tão esperado presente já sabia manusear os celulares de seus pais, “ele sempre mexeu nos nossos celulares, já sabe usar todos os aplicativos” completa Frankscileide.
Segundo a psicóloga e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Gema Galgani Mesquita, o uso da tecnologia pelas crianças traz benefícios, mas é necessário saber quando e como usá-la. Entre as vantagens estão as chances de desenvolver os reflexos e a capacidade de realizar trabalhos com maior rapidez. Um dos maiores danos é para a qualidade do sono, que fica prejudicada com o uso da tecnologia. “O contato com a luz artificial atrasa a produção do hormônio responsável pela sonolência, a melatonina. As consequências são os pesadelos e a vontade de a criança ficar acordada”, conta a psicóloga.
Na maioria das vezes tecnologias podem preencher algumas necessidades importantes para crianças, propiciar experiências sociais, e ajudar a desenvolver a criatividade. Mas os pais devem ficar atentos quanto ao uso exagerado das tecnologias, pois este fator pode interferir no crescimento dos pequenos, criando situações como no caso do vídeo acima.
Uma empresa norte-americana de consultoria chamada Latitude realizou um estudo com 201 crianças (de até 12 anos) de várias partes do mundo. Os participantes tiveram que desenhar tudo o que gostariam que o computador e a internet oferecessem. Como era de se esperar, a garotada gostaria de diminuir a fronteira entre mundo digital e real, e poder realizar tarefas como tocar nos objetos da tela, e controlar o computador com a voz.
As crianças estão desde cedo inseridas no mundo tecnológico. Em uma pesquisa divulgada este ano pelo “Conicktado”, da Viacom Networks Brasil, uma rede de relacionamento, criada em 2010, para descobrir gostos e costumes de crianças e adolescentes, foram entrevistadas cerca de 150 participantes, com idade entre 8 e 14 anos, das cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre. O estudo revelou que em média as crianças brasileiras tem contato com a internet aos seis anos de idade, 85% das crianças com 10 anos de idade utilizam a internet para interagir com outras pessoas. O estudo revelou também que 55% dos entrevistados usam as redes para conversar com amigos, 36% para jogos, 15% para postar e ver fotos e o restante para enviar e receber recados.
Enquanto para alguns adultos as tecnologias causam um certo estranhamento, para a geração interativa os produtos tecnológicos são formas novas de explorar o mundo.
O facebook lançou na última terça feira (04) uma campanha contra a violência infantil. Na essência a proposta é simples, para aderir à campanha, basta trocar a foto do perfil por um desenho animado, ou gibi que tenha marcado a infância pessoal até o dia 12 de outubro. De acordo com o site G1, em 24 horas, 100 mil usuários já tinham aderido à idéia. Para muitos, a campanha não muda a realidade da violência infantil, e é uma visão plausível, no entanto, esse tipo de mobilização pode levantar questões sérias. A partir dessa iniciativa, surgiram reflexões acerca do tema, que geralmente é esquecido por muitos de nós, quando não nos atinge, como boa parte das mazelas do nosso país. Trocar a foto do mural por um desenho animado pode parecer para muitos, um besteirol, mas acredito que a mobilização causa sim efeitos. Um texto postado na quarta feira, por Bruna Cook (“Carmem Sandiego por esses dias”) na revista Fraude online, exemplifica muito bem essa questão. No texto, Cook fala que não costuma aderir a virais desse tipo, mas se permitiu participar dessa vez. Para ela, a princípio, pareceu mais um “oba oba”, mas a efetivação de que poderia ser um meio de protesto, chegou também pelo face. O link de um site que exibia imagens de violência sexual contra crianças mudou os ares da sua noite, e ali ela pode denunciar o vídeo, que foi tirado do ar através das denúncias.
Campanhas que pretendem alertar contra temas sérios, não devem ser necessariamente sérias. Podemos falar de coisas difíceis, delicadas, usando de artífices mais lúdicos, e acredito que essa tenha sido a idéia. Enfim, o facebook se tornou um ambiente infantil, fica difícil até reconhecer os amigos. Os desenhos trouxeram a infância, ao que parece para mais próximo de nós, que já não somos tão jovens assim.
O Orkut também está tentando pegar carona no “sucesso” da campanha do facebook, diversos usuários dessa rede também já aderiram à campanha, com menor força, mas ao que parece, até o dia das crianças um grande número de usuários vão estar “curtindo” a ideia.
A campanha também pretendeu chegar àsruas, propondo que as pessoas usassem camisetas brancas ou fantasias de seus personagens na rede social, num encontro na Avenida Paulista, no último sábado (8). Mas não teve a mesma força que a mobilização na rede.
É claro que não podemos desconsiderar o fato da campanha ser uma jogada de marketing das empresas que tiveram a ideia, uma estratégia que deu certo. Tão certo que houve até doação de R$1 MILHÃO DE REAIS destinada ao combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
O conceito de vídeo viral já se tornou um termo comum aos adeptos (ou não) do ócio virtual, tais vídeos costumam ser exibidos, principalmente, em sites de grande repercussão como oYouTube. Basicamente, podemos sintetizar a expressão como sendo "... vídeos que adquirem um alto poder de circulação no mundo virtual, alcançando grande popularidade e configuram-se como um fenômeno de internet típico da Web 2.0." (Informação extraída do Wikipedia). A proposta é tão repercussiva que chega a ser usada como uma nova estratégia de marketing para algumas empresas, sendo comum, encontrarmos na rede algumas dicas de como criar um vídeo viral. Mas não é só na relação mercantil que encontramos os vídeos virais, os mais conhecidos e comentados são justamente aqueles caseiros, engraçados e (na maioria das vezes) nonsenses. E é nesse meio incomum que as crianças vem ganhando destaque e se tornando uma das "febres" do momento.
Desde que a gargalhada contagiante de um bebê na Noruegavirou hit na internet, em meados de 2006, com mais de 100 milhões de acessos, pais do mundo inteiro começaram a postar vídeos de situações engraçadas dos filhos no YouTube. Indo do cômico ao polêmico, os vídeos de crianças nos mais variados momentos da infância se transformaram rapidamente em virais da rede. Do garoto que morde o dedo do irmão, ao que chora compulsivamente pela morte de uma formiga, todos divertem e acumulam milhares de exibições pelo mundo. Acompanhe alguns mais vistos (creio que de todos pelo menos 03 você já tenha assistido antes)...
- O amigo da formiga | Mataram a formiguinha "Que dó" -
- O Romântico | Garoto chinês apaixonado -
- A Negociadora | Não fecha a porta tá, tranquilo? -
- O primeiro amor | High five for first kiss -
- A inconsolável | Menina de 4 anos apaixonada pelo seu professor Stephen -
- O dançarino | Gordinho dançando (Dhinka Chika) -
- Os atrapalhados | Video 10: Quando o truque sai pela culatra -
- O Polêmico | Zangief Kid -
São vídeos simples e de curta duração como estes que costumam virar febre no universo virtual, entretanto, nem sempre são produções caseiras que se tornam vídeos virais, algumas reportagens como esta e esta também, foram alvos da popularidade e receberam muitos acessos. O que pesa na análise destes vídeos, além do carisma e a inocência das crianças que protagonizam as filmagens, é justamente, a relação que os pais ou responsáveis tem com as gravações e divulgação destas. Mesmo que tais vídeos emocionem como o caso da menina que chora por ter que ficar longe do professor amado ou apenas façam rir como o vídeo do garotinho gordo que dança conforme os hábitos de sua cultura, o ato de compartilhar situações pessoais para o mundo - situações estas que antes eram centradas no convívio familiar - apontam para uma finalidade única: o entretenimento alheio, sendo este alheio, a própria figura do anonimato. Além disso, a fama instantânea e passageira atrai o desejo de pais e crianças, que da noite pro dia passam a ter algo incomum a sua rotina: a notoriedade pública, e neste meio, temos um caso recente: o talento e a união da Família Narvaez.
A história dessa família é bem simples. Para distrair a tristeza das filhas Alexa (06 anos) e Eliana (04 anos), depois da separação com a ex-mulher, Jorge Narvaez (24 anos) decidiu que eles passariam a cantar juntos toda noite, para isso, bastou um violão e uma câmera - a princípio, o uso da câmera era apenas para o registro desses momentos que, em seguida, seria compartilhado com amigos e familiares. A surpresa de todos foi que outras pessoas passaram a assistir e apreciar os vídeos, compartilhando com várias outras pessoas na web - tal como aconteceu com o clipe Oração da "Banda Mais Bonita da Cidade". O resultado: hoje os vídeos da Família Narvaez já têm mais de 30 milhões de exibições. O canal deles no YouTube "Reality Changers"é totalmente decorado em homenagem a Alexa, neste canal qualquer pessoa tem acesso à todos os vídeos que, por sinal, são produzidos em casa, sem a ajuda de empresários, efeitos ou nada do gênero, nada mais do que Jorge, seu violão e o talento carismático da pequena Alexa. O pai coruja e a filha já foram parar inclusive no show de Ellen DeGeneres (uma apresentadora que possui um talk-show nos E.U.A), clique aquipara ver apresentaçãodeles.
Abaixo temos um vídeo em que pai e filha cantam Rolling in the Deep, de Adele, neste vídeo, a pequena Alexa acompanha o pai nas pausas certas, sem perder o ritmo e com a empolgação de um verdadeiro artista. Vale a pena conferir mais de perto o talento dessa família:
A repercussão dos vídeos foi tamanha que a fã Isabeli do Rio de Janeiro criou o blog: Alexa and Eliana Narvaez, gerenciando as postagens como se as mesmas fossem feitas pelas pequenas. Lá ela publica fotos pessoais das duas meninas e o pai em viagens ou em casa, fotos que estão disponíveis também na Fan Page do trio.
Além da relação das crianças com os vídeos virais protagonizados por elas, existe também a relação das mesmas como público dos mais diversos vídeos virais existentes na rede. A iniciativa de estudar esse lado da moeda, foi da Fine Brothers Productions, um canal no YouTube criado por Benny & Rafique tem como um dos seus quadros, o Kids React(Reações de crianças), a proposta da dupla é conhecer de perto a crítica que os menores tem sobre os vídeos de grande repercussão na internet e a análise que os mesmos podem fazer do cenário em que se encontram esses vídeos como: "O que você acha de um pai que filma as reações engraçadas do filho anestesiado?" ou "O que você faria com os terroristas se fosse presidente dos Estados Unidos?". Segue alguns episódios abaixo:
- Reações de crianças ao assistirem: "David after dentist" / "Justin Bieber agredido em show" -
- Reações de crianças ao assistirem: "Arco-íris duplo" / "Coelhos" / "Halloween" / "Obama Fail" -
- Reações de crianças ao assistirem: "Rebecca Friday" -
